No episódio "Eficiência e eficácia para vencer eleições em cidades pequenas!", Eddy Caldeira compartilha um guia direto, prático e recheado de exemplos reais para quem deseja atuar em campanhas de municípios com menos de 8 mil habitantes. Longe da ideia de que essas disputas são mais simples, Ed mostra como as tensões locais, rivalidades históricas e o contato direto tornam tudo mais difícil e exigem estratégias muito mais precisas.
Eddy relata casos de sabotagem, prisões durante eventos, proibições de fogos de artifício e até ameaças pessoais em campanhas hiperlocalizadas. Nesses ambientes, o WhatsApp reina, e vídeos leves e curtos se mostram mais eficazes do que produções profissionais. A lógica é simples: em cidades com celular antigo e dados limitados, ninguém baixa vídeo pesado. A comunicação precisa ser adaptada à realidade.
Outro ponto essencial é a presença física. Campanhas bem-sucedidas combinam estratégia digital com corpo a corpo. Eddy defende que deixar bilhetes à mão, visitar feiras e conversar olho no olho cria conexão autêutica e gera votos. Além disso, carreatas e passeatas, embora não mudem votos diretamente, mostram força e ajudam indecisos a embarcar com o "time vencedor".
O destaque fica para a chamada "entrevista diamante": um mapeamento honesto e profundo das fraquezas do candidato, para prevenir ataques e montar vacinas comunicacionais. Em tempos de ataques pessoais, quem se prepara primeiro, sangra menos.
No campo técnico, Eddy entrega um verdadeiro ouro: o uso de formulários do Google para captar percepções da população e o acesso ao site do TSE como base de planejamento. Dados como faixa etária, zonas eleitorais e perfis dos votantes são gratuitos e permitem montar estratégias direcionadas por idade, região e comportamento.
A análise de cenário também é peculiar. Antes de qualquer ação, Eddy passa dias no município como observador anônimo, conversando e ouvindo o que se fala nas ruas. Além disso, sugere que todo estrategista entre silenciosamente no principal grupo de WhatsApp da cidade para captar o termômetro emocional da população.
A comunicação, para Eddy, não é sobre agradar o ego do candidato, mas sobre falar do jeito que o eleitor quer ouvir. O exemplo é Nicolas Ferreira, citado como eficaz não pelo conteúdo, mas pelo estilo direto e popular de fala. Em contraste, a esquerda é criticada por manter uma comunicação distante, acadêmica e sem impacto.
Um momento marcante é o caso simbólico de um prefeito que respondeu a uma provocação gravando um vídeo limpando e beijando uma placa. O vídeo viralizou e teve muito mais impacto do que qualquer argumentação racional.
Eddy finaliza o episódio com previsões para 2026. Acredita que a comunicação política vai depender cada vez mais das comunidades que se formam em torno dos candidatos, e que o TikTok vai manter força, mas vídeos mais longos e explicativos vão ganhar espaço.
Ele cita redes sociais inspiradoras como a de Renato Júnior, Rogério Lins, Guto Iza, Neto Furini e Ragara do Pão de Queijo. Em contraste, aponta redes mal conduzidas como as de Mauro Bragato e Fernando Farias.
A mensagem central é simples: estudar, observar, planejar com dados e falar a língua do povo é o caminho para vencer com pouco recurso e muito impacto.
Assista o episódio completo: https://youtu.be/PE8LyLXhPCo
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