No episódio "CAPTAÇÃO, TRATAMENTO E ORGANIZAÇÃO DA BASE DE DADOS" do podcast Moqueca de Política, Daniel Viana compartilha com profundidade como a gestão de dados pode mudar radicalmente os resultados de uma campanha política. Com linguagem acessível, exemplos reais e uma visão crítica sobre o mercado, ele mostra que o sucesso está em tratar dados como relações humanas, e não como números frios.
A jornada começa com um insight simples: fichas manuais de gabinete não geram impacto. Foi assim que Daniel idealizou o PolitMax, uma plataforma de CRM que organiza, segmenta e automatiza relações com eleitores. O CRM não deve ser visto como uma ferramenta de disparo, mas como um funil de relacionamento: desde uma mensagem de aniversário até um convite para evento, cada interação conta.
Daniel enfatiza que muitos políticos confundem quantidade com qualidade. Ter 10 mil contatos não significa ter uma base forte. Uma base só é poderosa quando está segmentada, qualificada e conectada emocionalmente com o candidato. Ele defende o uso de "réguas de relacionamento" que acompanham a jornada do eleitor com empatia, escuta ativa e conteúdo relevante.
Um dos pontos mais marcantes é o uso de tecnologias simples, como WhatsApp e e-mail marketing, aliados a ferramentas mais robustas como N8N e IA generativa. Com isso, é possível criar fluxos de automação que simulam conversas humanas, desde que programados com inteligência emocional.
Outro destaque é a crítica à cultura da improvisação. Daniel relata que muitos candidatos só procuram organização de base às vésperas da campanha, quando já é tarde para construir relações reais. A tendência, no entanto, é promissora: em 2025, ele já percebe um movimento de antecipação no planejamento.
O episódio também toca em temas polêmicos, como a compra de seguidores. Daniel afirma que é um tiro no pé: robôs não interagem e rebaixam o alcance real. Ele alerta: "Comprar seguidores é uma boa estratégia — se for para seu adversário".
Por fim, ele apresenta um ranking de boas e más práticas nas redes sociais. Enquanto nomes como JHC, Tábata Amaral e Kim Kataguiri são exemplos de conteúdo útil, leve e engajador, outros como Flávio Matos e Duda Sanches são criticados por não terem narrativa clara nem estratégia consistente.
O podcast encerra com um elogio coletivo: "Daria para fazer um e-book com essa conversa". E é verdade. Em tempos de excesso de informação e escassez de relações reais, a aula de Daniel Viana mostra que dados bem tratados não são apenas métricas — são votos potenciais esperando para serem ouvidos.
Assista o episódio completo: https://youtu.be/jOI_n-eH5oE
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