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Estratégia, polarização e futuro da comunicação progressista no Brasil

Paulo Loiola analisa os desafios e caminhos do campo progressista no episódio 4 do podcast “Moqueca de Política”

05/06/2025 às 09h02 Atualizada em 05/06/2025 às 09h46
Por: Redação Fonte: Gepeto
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Estratégia, polarização e futuro da comunicação progressista no Brasil

No quarto episódio do podcast "Moqueca de Política", o estrategista Paulo Loiola, fundador da Baselab, mergulha em uma análise minuciosa sobre os rumos da comunicação política no Brasil, com foco especial no campo progressista. Com uma trajetória voltada exclusivamente para campanhas à esquerda, Loiola compartilha percepções valiosas sobre polarização, redes sociais, estratégias eleitorais e a cultura da comunicação contínua.

Loiola inicia apontando a crise das instituições que historicamente sustentaram a esquerda brasileira: Igreja Católica, sindicatos, universidades. Com o enfraquecimento dessas redes, a direita ganhou espaço ao criar novas formas de sociabilidade, ocupando lugares simbólicos antes dominados pela esquerda. Nesse cenário, a linguagem técnica e elitista do progressismo se distancia da população, dificultando a empatia e o engajamento.

Um ponto alto da conversa é a discussão sobre a polarização política. Loiola considera arriscado prever o futuro do embate entre Lula e Bolsonaro, mas percebe sinais de cansaço social. Apesar disso, ambos os campos ainda demonstram grande capacidade de reorganização. O centro, por outro lado, carece de identidade ideológica clara. Diferente de países como Suécia e Canadá, onde partidos moderados têm valores definidos, o centro brasileiro é vago e assistencialista, dificultando sua consolidação como alternativa.

Sobre a direita, Loiola alerta que ela está altamente organizada, principalmente em direção ao Senado, com o objetivo de influenciar decisões do STF. O campo progressista, segundo ele, segue desorganizado e pouco aproveita a estrutura do governo federal. Enquanto a esquerda caminha lentamente, a direita se antecipa e forma bases sólidas.

A discussão também aborda a comunicação como ferramenta de longo prazo. Loiola reforça que não se trata apenas de preparar as redes para os 45 dias de campanha, mas de construir narrativas constantes. Influenciadores e profissionais têm papel fundamental ao estimular essa mudança cultural, especialmente para quem não possui estrutura partidária.

Um dos momentos mais marcantes do episódio é a defesa do uso do TikTok por políticos. Para Loiola, a plataforma é um capital político como qualquer outro — assim como igrejas, sindicatos ou ONGs. Criticar o uso da rede é sinal de ignorância sobre as mudanças nas formas de comunicação e mobilização. Segundo ele, quem não constrói narrativa ali está perdendo uma oportunidade crucial.

O podcast termina com uma reflexão sobre a formação de profissionais no marketing político. Loiola apresenta a comunidade Fagulha e os canais da Baselab como espaços para compartilhar conhecimento, fomentar a profissionalização e ampliar a capacidade do campo progressista em disputar consciências e votos.

Com linguagem acessível e profundidade analítica, o episódio é uma aula sobre comunicação política contemporânea. Loiola mostra que mais do que saber usar redes sociais, é preciso entender o tempo político, construir linguagem conectada à realidade do povo e disputar com estratégia, emoção e consistência ideológica.

Assista o episódio completo: https://youtu.be/ONMo0geykVc

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