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Como eleger um outsider: estratégia, comunicação e raiva política na nova direita

Quando a autenticidade vira capital eleitoral

05/06/2025 às 08h59 Atualizada em 05/06/2025 às 09h46
Por: Redação Fonte: Gepeto
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Como eleger um outsider: estratégia, comunicação e raiva política na nova direita

No terceiro episódio do podcast "Moqueca de Política", Rodrigo Gama, coordenador do MBL na Bahia, revela os bastidores da construção de campanhas para candidatos outsiders, com ênfase em estratégia digital, comunicação combativa e identidade ideológica. A conversa mergulha nas contradições da política baiana e nos desafios de criar oposição real em um cenário dominado por alianças e discursos amenos.

Rodrigo defende a autenticidade como principal ferramenta para romper a bolha eleitoral. Candidatos como Sandro Filho e Ítalo, em Sorocaba, se tornaram figuras influentes não por grandes estruturas, mas por representarem, com raiva genuína, as dores de um eleitorado insatisfeito. Para o MBL, o discurso agressivo não é defeito: é estratégia calculada.

O partido "Missão", recém-formado pelo movimento, busca não repetir os erros de outras siglas que se tornaram "linhas auxiliares" de partidos maiores. Rodrigo critica o NOVO, o PSOL e outros, alegando que falta a esses projetos uma identidade independente. Para ele, o MBL pretende jogar seu "próprio jogo" até ser chamado para a mesa das grandes decisões.

ACM Neto é citado como exemplo de comunicação fracassada. Rodrigo considera que sua campanha em 2022 foi apática, branda e desconectada do sentimento popular. Segundo ele, o eleitor quer ver energia, combatividade e coragem para bater de frente com o sistema. A falta de oposição clara abriu espaço para Sandro surgir como voz alternativa.

Outro nome criticado é o de João Roma, descrito como figura dependente de Bolsonaro e sem projeto próprio. Gama avalia que ele não se comunica com o povo e limita sua atuação à bolha bolsonarista, perdendo espaço para novos nomes.

Mauro Cardim é apresentado como possível nome do MBL para o governo em 2026. Com uma postura combativa e sem "teto de vidro", Cardim representa o tipo de liderança que o grupo deseja empurrar: firme, raivosa e direta. Rodrigo enfatiza que é esse perfil que conversa com o povo real, não as figuras mornas do centro político.

O marketing digital é visto como palco principal da disputa. Rodrigo diz que o Instagram é mais importante que a rua, pois é ali que se tangibiliza a narrativa e se converte engajamento em votos. A campanha de Sandro Filho é relatada como exemplo de superação: de 4 mil votos esperados, ultrapassou os 30 mil com estratégia de marketing direto, sem maquiagem ideológica.

O artigo também aborda o embate com Cléber Rosa. O MBL escolheu-o como alvo por entender que ele era o elo ideológico mais forte com Jerônimo. A expectativa era de um embate técnico, mas Cléber respondeu com agressividade, o que não funcionou contra um candidato "antifrágil" como Sandro. A escolha, segundo Rodrigo, foi acertada: quem polariza, o faz com quem realmente importa.

Por fim, Rodrigo traça um perfil do comunicador ideal: combativo, autêntico, digitalmente preparado e com raiva direcionada. A raiva, nesse caso, é energia de mudança. Salvador, apesar de parecer progressista, é na visão dele uma cidade com forte base conservadora, que ainda espera um líder capaz de tocar na dor e oferecer alternativa real. Para o MBL, essa liderança está em construção.

Assista o episódio completo: https://youtu.be/B7kw6L48gDc

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