Hoje, o Brasil está dividido e não apenas em preferência por seus representantes, existe uma guerra dicotômica mais acirrada que os maiores clássicos do futebol nacional.
A exagerada produção de fake news, provocações e acusações nos últimos dias da eleição tendem a acalorar ainda mais essa guerra e fará com que muitos brasileiros em busca da paz acabem insatisfeitos com os dois lados desta briga.
A eleição do dia 30 de outubro será realizada entre dois feriados, dia do servidor público (28) e dia de finados (2), o que pode fazer com que muitos brasileiros deem preferência a justificar seu voto do que participar desta confusão que se tornou as eleições no país.
Somados os números de votos do candidato que perderá as eleições com o número de votos brancos e nulos, teremos um quantitativo de eleitores insatisfeitos maior do que a votação do candidato eleito.
Esse será o principal desafio que o próximo presidente da república terá que enfrentar.
Conjuntura nos Estados
Nas mais diversas regiões do país, também existe uma divisão muito clara e bem definida há mais de 2 décadas. O voto nordestino é predominante à esquerda, que tem a Bahia como sua principal base de apoio político. Enquanto o voto marcadamente à direita encontra-se em São Paulo, tendo no interior do estado seu principal foco.
Assim como Lula avançou em novos espaços neste pleito eleitoral, dominando o Norte e Nordeste do país, Bolsonaro também fixou novos espaços no Centro-Oeste e manteve a força no Sul e Sudeste.
Conjuntura no Congresso Federal
Na Câmara Legislativa não será diferente, caso o ex-presidente Lula vença terá que dialogar com os mais de 180 deputados federais eleitos pelo Partido Liberal (PL), Republicanos e outros partidos que integram a base do atual presidente Bolsonaro. Somente o PL conquistou 99 cadeiras e terá a maior bancada na Câmara dos Deputados a partir de fevereiro de 2023.
Em caso de reeleição, além de enfrentar uma forte oposição de mais de 120 deputados, Bolsonaro precisa enfrentar os 68 deputados federais eleitos pelo PT, que tiveram votações expressivas em seus estados impulsionadas pela votação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No Senado, o MDB que após 25 anos perdeu o posto de maior bancada para o PL de Bolsonaro (que elegeu oito senadores) terá assento em 13 vagas a partir de 2023. Lembrando que o Senado é composto por 81 cadeiras, sendo que apenas um terço delas foram renovadas nas eleições deste ano.
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