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A vereadora Luciana Tavares (PCdoB) foi a entrevistada do Podcast Liga da Política, transmitido ao vivo nesta segunda-feira (15), às 14h, no canal oficial do programa no YouTube. Em sua terceira participação no programa, a parlamentar apresentou uma análise crítica da atual gestão municipal, comentou os desafios da educação, da mobilidade urbana e da articulação política, além de projetar possível candidatura para 2028.
Presidente do PCdoB em Lauro de Freitas, Luciana está em seu terceiro mandato na Câmara Municipal e preside as Comissões de Direitos Humanos e da Juventude. Militante histórica da educação e do movimento sindical, ela defendeu um mandato participativo, popular e combativo, especialmente diante do que chamou de “fragilidade da atual administração”.
Luciana revelou que não conversa com a prefeita Débora Régis desde dezembro de 2024, mas deixou as portas abertas para uma reaproximação política. “Débora pode vir para a base do governador Jerônimo e até para o PCdoB, se quiser”, disse. A vereadora também defendeu que Débora reconstrua sua relação com a ex-prefeita Moema Gramacho, comparando o vínculo das duas a uma “relação de mãe e filha”.
Apesar de se posicionar como oposição, Luciana foi categórica: “A gestão precisa mais do meu mandato do que eu do Executivo.”
Um dos pontos mais criticados foi o não pagamento dos salários de dezembro de 2024, o que ela chamou de “erro grotesco” que afetou diretamente o comércio e o consumo na cidade. “Lojas fecharam, o centro de Lauro de Freitas perdeu movimento. Foi um efeito dominó.”
Luciana também fez duras críticas à situação das escolas públicas. Ela denunciou a falta de professores, o atraso na convocação de concursados, a falta de lavagem de tanques em creches e a existência de 77 professores adoecidos sendo forçados à aposentadoria. Além disso, revelou o corte de adicionais de dedicação exclusiva de 13 docentes.
“A estrutura das escolas está em ruínas. Não tem quadra coberta, não tem biblioteca, nem refeitório. Educação precisa de ambiente e de acolhimento”, disse.
A vereadora lamentou o cancelamento de festas populares, como o Carnaval e as celebrações de padroeiro, e apontou falta de medicamentos nos postos de saúde. Criticou o decreto de calamidade que ainda vigora, afirmando que “já deveria ter sido encerrado”. Questionou ainda os gastos com publicidade institucional, enquanto bairros seguem sem serviços básicos.
Na área de mobilidade, Luciana apontou ausência de plano urbano e risco de colapso com a verticalização desordenada da cidade. Reforçou que não há transparência na atuação da SEMOB, criticou o secretário Sapucaia e revelou que a Comissão de Transportes foi acionada.
Luciana alertou para a falta de articulação institucional. “Não temos líder de governo, nem secretário de articulação. A Câmara está sem interlocutor direto com o Executivo.”
Questionada sobre o comportamento do vereador Tenóbio, disse que ele “só sobrevive politicamente no confronto” e que há uma oposição disfarçada dentro da base do governo.
Ao ser questionada sobre disputar a prefeitura em 2028 ou uma vaga na Assembleia Legislativa, Luciana não descartou:
“Estou pronta, preparada e querendo. Não busquei esse lugar, mas fui convocada pelas pautas e pela população.”
Ela também reafirmou o protagonismo do PCdoB em políticas públicas de esporte, citando programas implementados com emendas de deputadas do partido.
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