É muito triste constatar que, em questão de segundos, sua segurança e a da sua família podem ser brutalmente comprometidas. Imagine o cenário: você, tranquilamente passeando com seu cachorro, de repente se torna alvo de alguém armado, que te rouba não só seus bens materiais, mas também a sensação de segurança. Resta agradecer por estar vivo, por "nada de pior" ter acontecido, mas o peso da indignação é inevitável.
Trabalhamos duro, muito duro, para conquistar o básico. Celular hoje não é luxo, é ferramenta de trabalho. E é justamente essa necessidade de trabalhar e entregar que nos leva às ruas com o celular no bolso, mesmo sabendo dos riscos, porque o sistema exige produtividade, mas não nos garante proteção.
Pagamos impostos sobre tudo. Trabalhamos para sustentar uma máquina pública que, no final, parece ineficaz para lidar com o que mais importa: a segurança e a dignidade do cidadão. É revoltante perceber que, enquanto os cidadãos são obrigados a se virar com o pouco que têm, o crime se estrutura melhor do que o próprio estado.
Não me vejo como apenas mais uma vítima. Somos todos produtos de uma sociedade falida. A polícia não tem recursos, os criminosos têm. A desigualdade alimenta essa engrenagem que, ano após ano, parece inquebrável. É como enxugar gelo.
O que é um celular para quem trabalha tanto? É algo que se recupera, claro, mas a que custo? Mais impostos, mais dinheiro nas mãos de quem deveria resolver e não resolve. E assim seguimos... sobrevivendo, mas nunca vivendo plenamente.
Algo precisa mudar. E essa mudança não é só nossa responsabilidade como cidadãos – é de toda a estrutura que insiste em manter as coisas exatamente como estão.
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