Produtores rurais, pesquisadores, consultores, gerentes e membros de toda a cadeia produtiva do milho participaram na última quinta-feira (31), no auditório da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), no Complexo da Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães, do 1º Encontro Técnico Fitossanitário do Milho. Organizado pela Aiba em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária (Adab), o evento discutiu os desafios e potencialidades da cultura do milho na região Oeste da Bahia.
“Um encontro que contou com auditório lotado para discutir nossos problemas e encontrar soluções para a cigarrinha do milho. Como presidente da Aiba e produtor rural, sou apaixonado pelo milho. A nossa família planta o milho na Bahia há mais de 35 anos e tenho certeza que aumentando as nossas áreas de plantio e a nossa produtividade, esse cultivo terá um futuro brilhante no Oeste da Bahia”, declarou o presidente da Aiba, Odacil Ranzi.
A programação concentrou palestras técnicas científicas, focadas nas principais demandas dos sistemas de produção da cultura. Além de temas relevantes para a produção de milho, o encontro debateu sobre problemáticas fitossanitárias enfrentadas pela cultura nas últimas safras e possíveis soluções e direcionamentos para os grandes desafios do manejo das lavouras na região.
O diretor geral da Adab, Paulo Menezes, ressaltou o pioneirismo do evento em reunir produtores, órgãos públicos, Embrapa e outros especialistas para discussão de doenças do milho e apontou algumas decisões conjuntas. “Hoje nós tomamos algumas decisões, como de criar uma CTR do milho, com cooperativas de pequenos agricultores, para que de uma forma muito justa, encontremos o caminho e as determinações legais. Vamos fazer uma campanha de orientação e de esclarecimento e educação sanitária para os grandes, médios e pequenos produtores de milho aqui do Oeste da Bahia e assim beneficiar a todos com a redução da quantidade, e o índice da cigarrinha do milho, que tanto causa prejuízo nessa região, com a ampliação do suporte da produção em nível geral”.
Pela primeira vez na região, a palestrante Maria Cristina Canale ministrou sobre o tema ‘Monitora Milho: rede de monitoramento’. “Eu fiquei impressionada com a paisagem e o potencial produtivo da região. Percebo que o evento reuniu pessoas de diversas instituições e de órgão de defesa, da pesquisa, e muitos produtores querendo aprender e se aprimorar para melhorar a sua produção. A minha impressão é positiva e torço para que tudo o que a gente discutiu aqui e os investimentos sejam aprimorados, pois aqui tem uma característica única em termos de produção, e dá para implementar tudo o que foi discutido, de maneira que a região vai conseguir suplantar esse problema da cigarrinha dos fechamentos e ter um teto de produção interessante”.
Apoiaram a realização do encontro, a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), o Prodeagro, os Sindicatos dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães (SPRLEM) e de Barreiras (SPRB), a Fundação Bahia, Aprosoja Bahia, Agrolem e a AEAB.
Pela Aiba, também participaram, o primeiro vice-presidente Moisés Schmidt, o diretor executivo, Élio Engelmann, os gerentes de Agronegócio, Aloísio Júnior, de Infraestrutura, Luíz Stahlke, e de Sustentabilidade, Eneas Porto e os colaboradores dos Núcleos de Agronegócio e de Sustentabilidade.
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