A eleição em Salvador, capital do estado da Bahia, ganha um novo capítulo com a escolha de Geraldo Júnior (MDB) como nome escolhido pela base do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Geraldinho já aparece nas pesquisas com mais de 10% das intenções de voto, enquanto Kebler Rosa (PSol) parece ganhar a fatia do voto de extrema esquerda na cidade e já aponta com quase 10% das intenções. Bruno Reis nada de braçada à frente da disputa com mais da metade das intenções de votos.
Uma memória recente nos lembra que o agora governador Jerônimo Rodrigues foi escolhido a 7 meses da eleição, em março de 2022 e, na época, estava longe em ser o favorito na disputa contra o ex-prefeito ACM Neto (União). Neto tinha nas pesquisas números que garantiriam a sua eleição e ainda assim a perdeu. Geraldo já foi escolhido desde o final do ano passado e terá mais tempo que Jerônimo teve pra conquistar o eleitorado.
A missão de Geraldo Júnior, que não é um desconhecido na cidade como Jerônimo era para todo estado, é chegar a um número maior de 25% das intenções de voto nas pesquisas até o mês de abril deste ano, o que lhe garante uma boa vantagem para entrar na campanha. Tendo um crescimento deste tamanho, acredita-se que ele será imbatível na chegada das eleições, no dia 6 de outubro.
Geraldo, no momento, tem como principal adversário o seu grupo político interno. É preciso convencê-lo em fazer um governo de centro-esquerda, caso consiga se eleger. A ideia é agradar assim os eleitores mais radicais e abarcar os votos do candidato de PSol, Kleber Reis.
Como nesta fase Bruno Reis não é o adversário principal de Gerado Júnior, é esperado que a base governista de Jerônimo assuma essa função e replique as mesmas estratégias de Rui Costa (PT) contra ACM Neto, em 2018, onde se disputava cada obra na cidade. Na época, Rui acabou se saindo melhor causando inclusive a desistência de Neto às eleições daquele ano.
Enquanto isso, espera-se que Bruno Reis lembre da experiência da campanha derrotada de 2022, para não cometer os mesmos erros de seu grupo nas eleições passadas. Cabe ao prefeito apenas saber usar o mandato a seu favor. Mas como na política todo mundo tem memória curta, tudo pode acontecer inclusive nada.
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