Colesterol alto: entenda os perigos de uma doença silenciosa que acomete 40% da população adulta brasileira

O colesterol alto é considerado um dos fatores que mais contribuem para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como o infarto. No Brasil, cerca de quatro entre 10 pessoas adultas têm um nível alterado de colesterol, segundo o Ministério da Saúde. Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia apontam que o colesterol elevado atinge 40% da população adulta brasileira e cerca de 20% de crianças e adolescentes.

No corpo humano, encontramos os tipos de colesterol LDL, o HDL e o VLDL. Com papéis distintos no organismo, eles atuam na formação de hormônios, na estrutura e função de várias células do corpo, inclusive no metabolismo de vitaminas. Com poucos sinais e sintomas, o colesterol alto pode levar ao excesso de gordura nas artérias, possibilitando diversas complicações na saúde da população. Dessa forma, a fim de esclarecer e alertar a população brasileira sobre o tema, foi criado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, em 8 de agosto.

O médico especialista em emergência do Hospital Mater Dei Emec, Gervanilson Oliveira, salienta que é essencial manter uma atenção redobrada no colesterol LDL, pois seus níveis elevados estão diretamente associados a um maior risco de doenças no coração e doenças cardíacas. “Dentre as principais comorbidades causadas pelo aumento do colesterol, destaco: doença arterial coronariana, infarto do miocárdio (ataque cardíaco), Acidente Vascular Cerebral (AVC), doença arterial periférica e aterosclerose, caracterizada pelo endurecimento e estreitamento das artérias”, complementa.

O especialista esclarece que o aumento do colesterol LDL está diretamente associado a diversos fatores de risco, a exemplo de uma dieta rica em gorduras saturadas e trans, sedentarismo, obesidade, tabagismo, idade avançada, histórico familiar de colesterol alto e algumas condições médicas, como diabetes e hipertensão.

Sintomas 

O excesso de colesterol geralmente não causa sintomas visíveis até que ocorra uma complicação grave, como um ataque cardíaco ou derrame. “No entanto, alguns sinais indiretos podem incluir dor no peito, fadiga, falta de ar e xantomas, caracterizados pelos depósitos de gordura sob a pele”, reforça Gervanilson Oliveira.

Além do colesterol alto, há outros fatores de risco para as doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial e o diabetes. Nas mulheres, a chegada da menopausa também é um fator de risco.

Prevenção 

Uma das formas de prevenção do acúmulo de “colesterol ruim” no organismo é por meio de um estilo de vida envolvendo a prática regular de atividade física e a adoção de uma dieta saudável, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e gorduras saudáveis, como o azeite de oliva e peixes ricos em ômega-3. 

Além disso, Gervanilson Oliveira lista uma série de medidas que podem contribuir com o controle do colesterol, são elas: 

• Manter um peso saudável; 
• Evitar o tabagismo; 
• Limitar o consumo de álcool; 
• Realizar exames regulares para monitorar os níveis de colesterol.

“É importante lembrar que a prevenção e o controle do colesterol são fundamentais para a saúde cardiovascular. Além das medidas mencionadas, é essencial seguir as orientações médicas e realizar check-ups regulares. A conscientização sobre o colesterol e suas implicações pode ajudar a reduzir significativamente o risco de doenças cardíacas e melhorar a qualidade de vida”, finaliza o médico do Hospital Mater Dei Emec.